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de quem?

Segundo Roberto DaMatta em suas obras “O Que Faz o Brasil, Brasil?” e “A Casa e a Rua”,  pensando a respeito de qualquer cidade brasileira, ela pode ser dividida em dois mundos: O Mundo da Casa (Espaço Privado) e o Mundo da Rua (Espaço Público).  Para o Mundo da Casa, DaMatta diz que pode ser definido como  ‘o local da moradia, da calma e da tranqüilidade. É o refúgio, onde sou membro perpétuo de uma corporação – em casa somos únicos e insubstituíveis’. Já o Mundo da Rua é ‘o espaço reservado ao movimento, ao perigo, à tentação, ao logro. Na rua, as pessoas são indiferenciadas e desconhecidas, podemos dizer que os indivíduos não tem nome nem face. Nos referimos à elas em termos genéricos, como  “povo” e  “massa). É o lugar da luta, trabalho ou batente, da batalha, onde a “dureza da vida” pode ser melhor percebida ou sentida’. 
Nessa ótica, o bairro das Malvinas caracteriza-se como local onde seus habitantes possuem o hábito constante de manter um contato com seus vizinhos, a partir do momento em que tiram proveito das calçadas para realizar encontros e conversar, criando laços de amizade. Ao mesmo tempo, buscam manter a privacidade das ações realizadas dentro de suas residências, ao ponto que procuram elevar muros cegos voltados para a rua.

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